PLACAS, RÉPLICAS E GUARDA MUNICIPAL


A mesma matéria do Diário (só para assinantes) que denunciou o descaso de Edinho Araújo (PPS) com o Comdephact (ver post abaixo), também repercutiu a troca de placas e registros históricos promovida pelo prefeito municipal.

O sumiço de placas em praças e monumentos históricos fez com que o atual prefeito de Rio Preto externasse sua verve stalinista ao tentar "reescrever" a história. Pois, na falta do registro original, praças e monumentos edificados por outros foram anexados sorrateiramente à biografia de Edinho.

Uma prática execrável, diga-se.

A historiadora Nilce Lodi "afirma que a simples recuperação de um artefato não justificaria a colocação de uma placa de reinauguração de Edinho pela obra". Segundo o jornal, "historiadores da cidade defendem que o material roubado ou depredado por vândalos sejam recuperados pela Prefeitura".

Nesse sentido, o vereador João Paulo Rillo (PT) protocolou projeto de lei que "prevê ao município manter afixadas as placas de inauguração originais em todos os prédios públicos", obrigando o Executivo a substituir por réplicas o material desaparecido ou avariado.

Pois bem, até agora ninguém disse, mas a solução do problema pode estar no restabelecimento das atribuições originas da Guarda Municipal (GM).

A fiscalização dos registros históricos, segundo o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do estado de São Paulo, está a cargo da Prefeitura. Logo, se a GM foi criada exatamente para resguardar a segurança dos cidadãos e do patrimônio público, a resolução do problema está dada.


A volta da Guarda Municipal às suas funções, além de mais barato que réplicas, seria mais zeloso com a história da cidade e mais generoso com o bolso dos motoristas.

Em tempo: Fernando Marques produizu um documentário percorrendo dezenas de marcos históricos de Rio Preto. De acordo com a reportagem do Diário, o trabalho de Marques "vai ao ar na próxima sexta-feira [hoje], às 22 horas, no canal 16". Para quem têm TV a cabo, vale a pena conferir.

Fonte: Diário da Região (28/01/2007, p. 4A)