CABE AO PREFEITO


Após promover a "racionalização" dos itinerários - que reduziu o número de linhas e de ônibus nas ruas, além de alterar pontos de parada sem qualquer aviso prévio -, causando uma série de transtornos aos usuários e à cidade, a empresa concessoinária de quase 90% das linhas de ônibus em Rio Preto solicitou ao prefeito Edinho Araújo (PPS) o reajuste da tarifa, de R$ 1,80 para absurdos R$ 2,50.

Porém, estudos contrariam o anseio da concessionária e apontam uma tarifa de no máximo R$ 2,00, de acordo com "um técnico da USP de São Carlos, que integrou a comissão que analisou o pedido feito pela empresa Circular Santa Luzia à prefeitura", conforme matéria da TV TEM (25/1).

Cabe ao prefeito a decisão.

O certo é que a cidade já não comporta mais um quase-monopólio em seu sistema de transporte urbano. Os serviços prestados pela Cricular Santa Luzia, há tempos, já não atendem mais ao crescimento - desordenado - de Rio Preto.

Prezado leitor, prezada leitora, tente visitar de ônibus o aprazível Jardim Iolanda, bairro localizado às margens do complexo Damha, acima do 3° espelho da represa. Com certeza, você desfrutará de um passeio marcado por longas esperas nos pontos.

Lá, os moradores costumam dizer que só existem dois horários de ônibus: às 8 da manhã e às 5 tarde - justamente os horários de entrada e saída das domésticas que trabalham para as damas dos Damhas.

A tal "racionalização" promovida pela Circular, na prática, reduziu seus custos às custas dos trabalhadores que necessitam do transporte público. E isso reforçou ainda mais a imagem negativa da empresa junto à população, que, pagadora seus de impostos e tributos, tem direito a um sistema de transporte coletivo decente e de qualidade.

Cabe ao prefeito a decisão.

Afinal, contratos de concessão lesivos aos interesses dos cidadãos podem ser revistos, não é mesmo?

Evo que o diga...