
Após pressão do Sindicato dos Servidores Municipais de Rio Preto, de dirigentes sindicais, em especial o presidente da CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores - São Paulo), Edílson de Paula, e do vereador João Paulo Rillo (PT), Edinho teve de recuar em seu gesto "tirano".
Na mesma oportunidade, o prefeito anunciou a retomada do débito das mensalidades sindicais, que ele mesmo havia suspendido: "Quero facilitar a vida dos funcionários e entendo que o sindicato é parte integrante da vida democrática do país", disse à reportagem do Diário (30/12/06), contrariando todas as suas ações nos últimos seis anos.
Faltando dois anos para o término dos longos 8 anos de Edinho, não é segredo para ninguém a inexistência de um bloco organizado de oposição ao governo. Até aqui o que se vê são setores isolados com ações pontuais, fragmentadas e que tornam-se irrisórias quando observadas todas as "vitórias" obtidas pelos governistas no período.
Num contexto de quase-unanimidade pró-Edinho, o Sindicato dos Servidores Municipais permaneceu na trincheira e pagou o preço. Com isso, todos os servidores que de alguma forma se opõem às políticas públicas praticadas pelo executivo foram e são perseguidos ferozmente. E o sindicato, eleito o alvo preferencial da tirania do édipo-rei.
Em sua coluna no Diário, Alexandre Gama resumiu assim a situação: "a decisão de retomar o repasse ao sindicato, que é de cerca de R$ 42 mil mensais, não tem a ver com compaixão, pena ou misericórdia de Edinho para com os sindicalistas, filiados e funcionários que seriam demitidos. O que o prefeito não quer é entrar para história com a pecha de governante 'tirano', do 'ditador' que sufocu o funcionamento dos sindicatos, do prefeito que não aceita o diálogo e age com o fígado e com o poderio econômico"(Diário da Região, 30/12/06).
Realmente, parece que desta vez o jornalista acertou em cheio...